Kukwisa

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À semelhança de vários distritos da região centro e norte de Moçambique, Nhamatanda, em Sofala, vem sofrendo o desflorestamento sem igual nos últimos anos. A forte e permanente pressão sobre os recursos florestais tem se traduzido no abate indiscriminado das árvores tanto para a produção de carvão vegetal quanto para a indústria madeireira. Num estudo conduzido pelo Instituto de Investigação Agrária de Chimoio em 2021 indica que o posto Administrativo de Nhamatanda em termos de desmatamento perdeu, só em 2019, cerca de 13.38ha, sendo uma realidade que se tem verificado por muitas comunidades daquele distrito. É no quadro deste contexto que a ADRA e Livaningo, no âmbito da implementação do projecto Kukwiza, vão reflorestar 100 hectares de árvores nativas.

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Umbaua e Panga-panga são as espécies a serem reflorestadas durante os três anos do Kukwuiza para minorar os impactos nefastos decorrentes de mudanças climáticas. Em entretvista ao Diário de Moçambique, o técnico do projecto Kukwiza, Osório Belchior, deu a conhcer as áreas que vão se beneficiar do reflorestamento “a nossa pretensão é de reflorestar neste momento dez hectares em Haluma, Macumba, Chissanda e Chirassicua, tendo sublinhado que o projecto já está na posse de 6.500 mudas.” Fernando Chubula, em representação do administrador de Nhamatanda, sublinhou em entrevista ao Diário de Moçambique que “a iniciativa é benéfica para a população, uma vez que para além de no futuro servir para a obtenção de renda através do corte de madeira, o mesmo se juntará a vários projectos em manga na província e não só, visando fazer face às mudanças climáticas.” As comunidades beneficiárias também não escondem sua satisfação pelo reflorestamento daí que têm sido participantes activos neste processo. Para os beneficiários, mais do que fazer face as mudanças climáticas, as árvores a serem reflorestadas servirão de fonte de cura de algumas doenças.

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“Enquanto as árvores não atingirem a idade adulta, elas vão fornecer raízes para a cura de algumas doenças. E já na idade adulta, as árvores servirão para a obtenção de renda através do corte da madeira para a produção de mobiliário. Portanto, o mais importante é que já demos o primeiro passo, que é o início do projecto”, disse em entrevista ao Diário de Moçambique um dos beneficiários do projecto Kukwuiza, Quefasse Tomo Gales. A iniciativa de reflorestamento resulta de um estudo de uma avaliação do impacto da degradação florestal conduzida pelo Instituto de Investigação Agrária de Chimoio, em parceria com a ADRA Moçambique e Livaningo no quadro da implementação do projecto Kukwiza. O projecto trienal Kukwiza conta com o financiamento da Agência Austríaca de Desenvolvimento (ADA) e implementado conjuntamente pela ADRA Áustria e Moçambique bem como a Livaningo, uma organização ambientalista moçambicana.

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